quinta-feira, 25 de junho de 2009

O CASTIÇAL


Tagil era um homem pobre. Jardineiro, ganhava a vida no trabalho diário com flores e plantas. Certo dia, ele se dirigia para casa quando encontrou no caminho um homem prestes a ser assaltado. De alma nobre e ânimo valente, logo foi em socorro do desconhecido. Graças à sua interferência os dois ladrões fugiram sem causar maiores danos físicos. Reconhecido, o quase assaltado resolveu premiar o seu salvador. Por ser um rico mercador e possuir muitas e ricas peças, tomou de uma caixa amarela de couro lavrado e a deu ao jardineiro.


Tagil foi rápido para casa. Mal podia conter sua curiosidade. O que será que lhe teria dado o rico senhor? Como a caixa pesasse ele pensou que poderiam ser muitas moedas de prata. Ao abrir a caixa para conhecer as preciosidades que ela devia conter, ficou desiludido. Era somente um castiçal. Um castiçal de metal escuro e pesado.


Tagil ficou muito aborrecido. Afinal, arriscara a vida lutando contra os salteadores da estrada e ao final, somente ganhara aquilo. O que ele faria com um castiçal? Convencido do desvalor do presente, ele atirou o castiçal a um canto. Abandonado, o objeto ficou rolando pela casa. Toda vez que o jardineiro colocava sobre ele os olhos, mais se amargurava lembrando do episódio.


Descuidadamente, o castiçal caiu no terreiro e ficou ao relento alguns dias. De outra feita, serviu de calço para um móvel partido. Até como martelo foi utilizado pelo seu dono. Como as dificuldades da vida de Tagil se avolumassem, ele precisou sair daquela casa e foi morar em outras paragens. Levou consigo quase tudo que possuía. Mas deixou sobre a mesa suja, o castiçal. Afinal, era uma coisa imprestável!


Ora, aconteceu que na casa deixada por Tagil, veio morar um músico. Descobrindo o castiçal em desleixo, teve logo a impressão de que deveria ser uma peça curiosa. Tirou-lhe o pó e livrou-o das manchas que o recobriam. Viu então que na base da peça haviam várias figuras. Um belo navio, que parecia vencer as ondas e uma bailarina graciosa que dava a impressão de dançar no meio de um lindo jardim. Virando um pouco a peça, descobriu ainda um majestoso templo com torres apontadas para o céu. E, finalmente, um corcel negro a galopar sobre uma montanha de nuvens.


Quanta beleza! Imaginou logo o músico que o castiçal deveria ser uma preciosidade. Tratou de mostrá-lo a várias pessoas, até conseguir que um rico colecionador de peças raras o comprasse, por uma fortuna incalculável.


O que nas mãos de Tagil era uma peça inútil se transformou em uma verdadeira preciosidade aos olhos inteligentes de Leonardo.


Quantas pessoas existem no mundo que, à semelhança do jardineiro, possuem ao seu lado tesouros incalculáveis mas cujos olhos não se apercebem do que os rodeia. A peça preciosa que Deus depositou nas nossas mãos pode ser uma esposa dedicada, uma mãe extremosa, um filho, pais dedicados.


Haverá tesouro maior que o dos afetos que abençoam uma vida, enchendo-a de alegrias?


Aproveite ao máximo os tesouros do tempo e da oportunidade, valorizando o conhecimento pela sua bem dirigida aplicação.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A HISTÓRIA DE JOÃO E MANÉ


João era um importante empresário. Morava em um apartamento de cobertura, na zona nobre da cidade. Naquele dia, João deu um longo beijo em sua amada e fez em silêncio a sua oração matinal de agradecimento a Deus por sua vida, seu trabalho e suas realizações.

Após tomar café com a esposa e os filhos, João levou-os ao colégio e se dirigiu a uma de suas empresas. Chegando lá, cumprimentou com um sorriso os funcionários, inclusive Dona Teresa, a faxineira. Tinha ele inúmeros contratos para assinar, decisões para tomar, reuniões com vários departamentos da empresa, contatos com fornecedores e clientes, mas a primeira coisa que disse para sua secretária foi: 'Calma, faça uma coisa de cada vez, sem stress'.

Ao chegar a hora do almoço, ele foi para casa curtir a família. A tarde, tomou conhecimento que o faturamento do mês superou os objetivos e mandou anunciar que todos os funcionários teriam gratificações salariais no mês seguinte.

Apesar da sua calma, ou talvez, por causa dela, conseguiu resolver tudo que estava agendado para aquele dia. Como já era sexta-feira, João foi ao supermercado, voltou para casa, saiu com a família para jantar e depois foi dar uma palestra para estudantes, sobre motivação para vencer na vida.

Enquanto isso, no bairro mais pobre de outra capital, vive Manoel, ou Mané, como era mais conhecido.Como fazia em todas as sextas-feiras, Mané foi para o bar jogar sinuca e beber com amigos. Já chegou lá nervoso, pois estava desempregado. Um amigo seu tinha lhe oferecido uma vaga em sua oficina como auxiliar de mecânico, mas ele recusou, alegando não gostar do tipo de trabalho. Mané não tinha filhos e estava também sem uma companheira, pois sua terceira mulher partiu dias antes dizendo que estava cansada de ser espancada e de viver com um inútil.

Ele estava morando de favor, num quarto imundo no porão de uma casa. Naquele dia, Mané bebeu mais algumas, jogou, bebeu, jogou e bebeu até o dono do bar pedir para ele ir embora. Ele pediu para pendurar a sua conta, mas seu crédito havia acabado, então armou uma tremenda confusão e o dono do bar o colocou pra fora.

Sentado na calçada, Mané chorava pensando no que havia se tornado sua vida, quando seu único amigo, o mecânico, apareceu e, após levá-lo para casa e curando um pouco o porre, perguntou a Mané:

- 'Diga-me, por favor, o que fez com que você chegasse até o fundo do poço desta maneira?'

Mané então desabafou:

- 'A minha família... Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma 'vida miserável. Quando minha mãe morreu doente, por falta de condições, eu saí de casa, revoltado com a vida e com o mundo. Tinha um irmão gêmeo, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma'.

ENQUANTO ISSO, na outra capital, João terminava sua palestra para estudantes. Já estava se despedindo quando um aluno ergueu o braço e lhe fez a seguinte pergunta:

- 'Diga-me por favor, o que fez com que o senhor chegasse até onde está hoje, um grande empresário e um grande ser humano?'

João emocionado, respondeu:

-'A minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum, tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu, por falta de condições, eu saí de casa, decidido que não seria aquela vida que queria para mim e minha futura família. Tinha um irmão gêmeo, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma'.

MORAL DA HISTÓRIA:

O que aconteceu com você até agora, não é o que vai definir o seu futuro, e sim a maneira como você vai reagir a tudo que aconteceu. Sua vida pode ser diferente, não se lamente pelo passado, CONSTRUA VOCÊ MESMO O SEU FUTURO, MAS SEMPRE SEGURANDO NA MÃO DE DEUS. Encare tudo como uma lição de vida, aprenda com seus erros e até mesmo com o erro dos outros.

O que aconteceu é o menos importante. O que realmente importa é o que você vai fazer com o que acontecer.

'Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O sucesso é conseqüência.' (Albert Einstein)

terça-feira, 9 de junho de 2009

Perdão


Tropecei em um estranho que passava e lhe pedi perdão.
Ele respondeu:
- "desculpe-me, por favor, também não a vi."
Fomos muito educados, seguimos nosso caminhos e nos despedimos.
Mais tarde, eu estava cozinhando e meu filho estava muito perto de mim.
Ao me virar quase esbarro nele. Imediatamente gritei com ele, ele se retirou sentido, sem que eu notasse quão dura que lhe falei.
Ao me deitar Deus me disse suavemente:
- "Você tratou a um estranho de forma cortês, mas destratou o filho que você ama.
Vá a cozinha e irá encontrar umas flores no chão, perto da porta.
São as flores que ele cortou e te trouxe: rosa, amarela e azul.
Estava calado para te entregar a surpresa e você não viu as lágrimas que chegaram aos seus olhos…"

Me senti miserável e comecei a chorar. Suavemente me aproximei de sua cama e lhe disse:
- "Acorde querido! Acorde!
Estas são as flores que você cortou para mim?"
Ele sorriu e disse:
- "Eu as encontrei junto de uma árvore, e as cortei, porque são bonitas como você, em especial a azul.."
Filho sinto muito pelo que disse hoje, não devia gritar com você.
Ele respondeu:
- "está bem mamãe, te amo de todas as formas."

- Eu também te amo e adorei as flores, especialmente a azul….

Entenda que se você morrer amanhã, em questão de dias deixará de existir para alguns, Porém, a família que deixamos sentirá a perda pelo resto da vida.
Pense neles, porque geralmente nos entregamos mais aos outros que a nossa Família e a nós mesmos.
Será que não é uma inversão pouco inteligente?

Então, que há detrás desta história? Você sabe o que significado de Família em inglês?



F A M I L Y: "Father And Mother I Love You"
(Papai e Mamãe, eu os amo)